A BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA NA SOCIEDADE ALGORÍTMICA: DESAFIOS, RISCOS E DIRETRIZES PARA O USO DE INTELIGÊNCIAS ARTIFICIAIS GENERATIVAS

Resumo

O avanço acelerado das Inteligências Artificiais Generativas (IAG) tem reconfigurado práticas de pesquisa, escrita e circulação do conhecimento no ensino superior. Este artigo analisa criticamente os desafios emergentes para as bibliotecas universitárias, considerando implicações éticas, legais e informacionais decorrentes do uso crescente dessas tecnologias. Por meio de pesquisa exploratória e bibliográfica, O problema que orienta este estudo consiste em compreender quais desafios éticos, informacionais e pedagógicos as IAG impõem às bibliotecas universitárias e de que modo tais instituições podem elaborar respostas institucionais para lidar com esses impactos. Assim, o objetivo geral é analisar os efeitos das IAG no ecossistema informacional das bibliotecas universitárias e propor diretrizes para o uso ético, seguro e educacional dessas tecnologias. Especificamente, buscam-se: (a) identificar transformações informacionais decorrentes da adoção de IAG; (b) mapear riscos éticos e epistêmicos associados ao seu uso; (c) discutir implicações para a mediação e formação informacional mapeiam-se os impactos das IAG nas práticas acadêmicas e nos serviços de informação, destacando riscos como plágio automatizado, vieses algorítmicos, erosão da autoria científica e fragilização da literacia informacional. Propõem-se diretrizes para uma atuação ética e estratégica das bibliotecas universitárias, enfatizando o papel do bibliotecário como mediador crítico e agente formador da consciência informacional na sociedade algorítmica. Conclui-se que as bibliotecas devem assumir posição proativa na educação para o uso responsável das IAG, desenvolvendo políticas institucionais e programas de formação que preservem a integridade científica.